segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Cefaléias


  • Queixa muito comum, 90% das pessoas vão experimentar cefaleia pelo menos uma vez na vida.
  • Pode decorrer de pequenos traumas, doença febril, doenças do SNC ou podem ser primárias.
  • A maioria dos pacientes sofrem de algum distúrbio cefalálgico primário se que uma fonte seja identificada.
  • Fisiopatologia:
    • ativação de fibras aferentes primárias que inervam os vasos sanguíneos cefálicos.
    • os estímulos que ativam estas fibras são variados e podem ir desde tração mecânica (tumor) até irritação química causada por infeções.
    • as cefaleias secundárias resultam de uma fonte inflamatória ou estrutural identificável.
      • nestes o tratamento da causa primária resolve a cefaleia.
    • a maioria dos pacientes apresentam distúrbios cefalálgicos primários (migrânea, cefaleia tensional) nos quais as avaliações física e laboratorial são normais.
    • duas teorias tradicionais procuraram esclarecer os distúrbios cefalálgicos primários:
      • teoria vasogênica: a vasoconstrição dos vasos cranianos eram responsáveis pelos fenômenos de aura e a cefaleia era causada por uma vasodilatação rebote e ativação dos axônios nociceptivos perivasculares.
      • teoria neurogênica: identificou o cérebro como o gerador da enxaqueca, sendo que as alterações vasomotoras seriam decorrentes e não causa do ataque.
    • é provável que ambas teorias expliquem alguma coisa da enxaqueca e outros distúrbios cefalálgicos primários.
    • observações clínicas e experimentais sugerem que:
      • o cérebro pode ativar ou sensibilizar direta ou indiretamente fibras nervosas trigeminais nas meninges.
        • eventos neurofisiológicos endógenos no neocórtex podem promover a liberação de substâncias nociceptivas (p.ex. potássio, prótons, metabólitos araquidônicos) do neocórtex para o espaço intersticial.
        • as substancias se acumulam até níveis suficientes para sensibilizar fibras trigeminovasculares que circundam os vasos piais, suprindo o neocórtex secretante.
        • na cefaleia os mecanismos de equilíbrio entre a liberação e limpeza destas substancias do espaço intersticial estão comprometidos.
        • as substancias liberadas podem descarregar ou sensibilizar pequenas fibras nociceptivas não mielinizadas e fornecer o gatinho para a cefaleia, ou sensibilizar aferentes vasculares a fatores carreados pelo sangue ou outros ainda não identificados.
      • as cefaleias unilaterais tendem a ocorrer no lado correspondente ao hemisfério disfuncional.
      • o cérebro funciona como um interruptor mestre para os ataques de cefaléia.
      • em indivíduos suscetíveis 
    • df

Resumo:

Cutrer F. M. & Moskowitz M. A., Cap. 428. Cefaléias e outras dores de cabeça in Cecil - Tratado de Medicina Interna, 22ª ed, 2005.

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